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26 novembro 2020
EGITO / PENÍSULA DO SINAI
CAPITAL: CAIRO. É um país localizado entre o nordeste da África e o sudoeste da Ásia, através da Península do Sinai. É um país mediterrâneo limitado pela Faixa de Gaza e Israel a nordeste, o Golfo de Ácaba e o Mar Vermelho a leste, o Sudão ao sul e a Líbia a oeste. Do outro lado do Golfo de Ácaba fica a Jordânia, do outro lado do Mar Vermelho, a Arábia Saudita e, do outro lado do Mediterrâneo, a Grécia, a Turquia e o Chipre, embora nenhum deles tenha uma fronteira terrestre com o Egito.
O país tem uma das mais longas histórias entre qualquer outra nação, traçando sua herança até o VI ou IV milênio a.C. Considerado um berço da civilização, o Egito Antigo viu alguns dos primeiros desenvolvimentos da escrita, agricultura, urbanização, religião organizada e governo central.
Monumentos icônicos como a Necrópole de Gizé e sua Grande Esfinge, bem como as ruínas de Mênfis, Tebas, Carnaque e do Vale dos Reis, refletem este legado e continuam a ser um foco significativo de interesse científico, histórico e turístico. A longa e rica herança cultural do Egito é parte integrante de sua identidade nacional, que muitas vezes assimilou várias influências estrangeiras, como gregos, persas, romano, árabes, otomanos e núbios.
Egito foi um dos primeiros e importantes centros do cristianismo, mas foi amplamente islamizado no século VII e continua sendo um país predominantemente muçulmano, embora com uma significativa minoria cristã.
O Reino Ptolomaico foi um poderoso estado helenístico, que se estendia do sul da Síria, a leste, a Cirene, a oeste, e ao sul da fronteira com a Núbia. A cidade de Alexandria tornou-se a capital e o centro cultural e comercial do reino grego. Para obter o reconhecimento da população egípcia nativa, os governantes ptolomaicos chamavam a si mesmos de sucessores dos faraós. Os ptolomaicos assumiram as tradições egípcias, retratavam-se em monumentos públicos e vestiam-se ao estilo egípcio, além de participarem da vida religiosa local.
Com uma área de 1 001 450 quilômetros quadrados, o Egito é o 31º maior do mundo.Entretanto, devido à aridez do clima do país, os centros urbanos estão concentrados ao longo do estreito vale do rio Nilo e no Delta do Nilo, razão pela qual 99% da população egípcia usam apenas 5,5% da área total.
Devido à ausência de chuvas em quantidade relevante, a agricultura do Egito depende inteiramente da irrigação. A principal fonte de água de irrigação é o Nilo, cujo fluxo é controlado pela Represa de Assuã. Ela libera, em média, 55 bilhões de quilômetros cúbicos de água por ano, dos quais cerca de 46 bilhões de quilômetros cúbicos são desviados para os canais de irrigação. No vale e no delta do Nilo, 13,7 milhões de fedãs (3 261 904 quilômetros quadrados) de terra se beneficiam dessas águas de irrigação.
A precipitação é baixa no Egito, excepto nos meses de inverno nas regiões mais a norte. Ao sul do Cairo, a precipitação média é de apenas cerca de 2 a 5 milímetros ao ano, em intervalos de muitos anos. Numa faixa estreita do litoral norte, chega a 410 milímetros.
A língua oficial da República é o árabe. As línguas mais faladas são: árabe egípcio (68%), árabe saidi (29%), árabe bedaui (1,6%), árabe sudanês (0,6%), domari (0,3%), nobiin (0,3%), beja (0,1%), siui e outros. Além disso, línguas grega, armênia e italiana e, mais recentemente, subsaarianas como amárico e tigrino são as principais línguas dos imigrantes.
As principais línguas estrangeiras ensinadas nas escolas, por ordem de popularidade, são o inglês, o francês, o alemão e o italiano. Historicamente se falava egípcio, cuja última etapa é o egípcio copta. O copta falado foi na maior parte extinto ao longo do século XVII, mas pode ter sobrevivido em bolsos isolados no Alto Egito até o século XIX. Ele permanece em uso como a linguagem litúrgica da Igreja Ortodoxa Copta de Alexandria.
Os egípcios étnicos são, de longe, o maior grupo do país, constituindo 91% da população total. As minorias incluem as abazas, os turcos, os gregos, as tribos beduínas árabes que vivem nos desertos orientais e na Península do Sinai, os siuis de língua berbere (amazigue) do Oásis de Siuá e as comunidades núbias agrupadas ao longo do Nilo. Há também comunidades tribais de Beja concentradas no canto mais a sudeste do país, e um número de clãs Dom principalmente no Delta do Nilo e Faium que estão progressivamente se tornando assimilados à medida que a urbanização aumenta.
O Egito reconhece apenas três religiões: islamismo, cristianismo e judaísmo. Outras religiões e seitas muçulmanas minoritárias praticadas por egípcios, como a comunidade bahá'í e ahmadi, não são reconhecidas pelo Estado e enfrentam perseguição por parte do governo, que rotula esses grupos de "ameaça" à segurança nacional.
O Egito é um país predominantemente muçulmano sunita, com o islamismo como religião oficial. A porcentagem de adeptos de várias religiões é um tema controverso no Egito. Estima-se que 85–90% são identificados como muçulmanos, 10–15% como cristãos coptas e 1% como outras denominações cristãs, embora sem um censo os números não possam ser conhecidos. Outras estimativas colocam a população cristã entre 15 e 20%. Muçulmanos não confessionais formam cerca de 12% da população.
O Egito é reconhecido por ser um criador de tendências culturais no mundo da língua e da cultura árabe contemporânea, influenciados fortemente pela literatura, música, cinema e televisão egípcia. O país ganhou um papel de liderança regional durante os anos de 1950 e 1960, o que deu um novo impulso duradouro para o estatuto da cultura egípcia no mundo árabe.
O país é considerado um polo do turismo histórico, religioso, médico e de entretenimento. Para entrar no Egito, é necessário ter um passaporte válido e, na maioria dos casos, um visto. Além de cidadãos do Reino Unido e da União Europeia (UE), os cidadãos dos seguintes países podem obter vistos à chegada em qualquer um dos portos egípcios de entrada: Austrália, Canadá, Geórgia, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Macedônia do Norte, Coreia do Sul, Rússia, Sérvia, Ucrânia e Estados Unidos.
O turismo é um dos setores mais importantes da economia do país. Mais de 12,8 milhões de turistas visitaram-no em 2008, proporcionando uma receita de quase 11 bilhões de dólares. A indústria turística emprega cerca de doze por cento da força de trabalho local. A Necrópole de Gizé é o local mais emblemático do país. Ela também é o destino turístico mais popular do Egito desde a antiguidade e era popular no período helenístico, quando a Grande Pirâmide foi listada por Antípatro de Sídon como uma das Sete Maravilhas do Mundo, sendo a única delas que ainda existe.
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